domingo, 9 de março de 2014

Dias felizes partilhados entre bons amigos















Nas últimas semanas tenho tido o prazer de partilhar o pequeno jardim "botânico" da Casa Catita com amigos "verdes". 
Por estar localizado a sul e junto ao mar, o Algarve é uma das primeiras regiões da Europa a dar as boas vindas à primavera, e estes dias de céu azul e de temperaturas amenas convencem este grupo de Canadianos a voltar, ano após ano, e cada vez em maior número.
Por outro lado, o jardim da Casa Catita já passou a ser visita obrigatória e motivo de conversa no Canadá, e acredito que tem mudado a nossa imagem do outro lado do Atlântico. Da parte deles, há sempre alguma pena e dificuldade em perceber por que razão, estando nós numa região com um clima excelente, não existem mais espaços verdes, mais locais como o jardim da Catita. Poderíamos ter uma exuberância de plantas por aí espalhada, mas ficamo-nos sempre por coisas pouco interessantes, e isto deve-se, talvez, à paixão menor que é a jardinagem para a maioria dos portugueses. É pena...

Entre os visitantes, tive o prazer de mostrar o espaço ao amigo José Santos, um apaixonado por plantas e autor dum belíssimo livro sobre orquídeas, recentemente publicado, e responsável por um igualmente interessante blog...

São dias assim que me dão ainda mais razões para continuar o trabalho que faço e a desenvolver ainda mais estas minhas paixões. 

3 comentários:

  1. Nós é que agradecemos teres partilhado connosco o teu jardim botânico e a casa Catita! Adorámos todos os momentos passados aí.
    Em breve no meu blog! Abraço!

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  2. Realmente a arte da jardinagem não parece ter grandes cultores nestas terras lusitanas. Nas aldeias mais perdidas do Norte ainda se encontram jardins cheios de charme, com muitas flores à mistura com árvores de frutos. Lembro-me que em, Vinhais na casa da minha mãe, havia dois jardins distintos. O da frente, o jardim dos donos da casa, com buchos, rosas e dálias. Nas traseiras, existia o jardim da criada, que era uma coisa engraçadíssima, em que os vasos eram velhas latas de folha de flandres, penicos e panelas de esmalte e ainda potes de ir ao lume definitivamente quebrados. Era um jardim pobre, com uma mistura de cores incrível, mas cheio de charme.

    Modernamente o conceito do jardim português passa pelo inevitável relvado, umas palmeiras, um banco com ar de que ninguém se senta lá e umas ovelhas de loiça. Os mais abastados fazem uma piscina na frente da casa, para que a vizinhança veja bem o seu desafogo económico. Há realmente que dar a volta e procurar em cada região do País seguir o teu caminho, descobrir as espécies endémicas, aquilo que não precisa de tratamento e está sempre bonito.

    Um abraço

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